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Aprenda as principais técnicas de guitarra blues

O blues é um dos estilos musicais mais icônicos da guitarra. Neste artigo, você aprende as principais técnicas para tocar como um verdadeiro bluesman!

Entre os professores de guitarra, é praticamente unânime a opinião de que o estudo do blues traz inúmeros benefícios aos novos músicos. Afinal, este gênero centenário sintetiza como poucos as características essenciais do instrumento, incluindo interpretação, criatividade e pegada. Por isso, hoje vamos apresentar as principais técnicas de guitarra blues!

Músico tocando blues na guitarra
Há fundamentos que são característicos nas linhas de guitarra deste estilo musical (Foto: Reprodução/Freepik)

Assim, ao conhecer e praticar os conceitos aqui explicados, o seu nível nas seis cordas será levado a outro patamar.

E sabe o que é o melhor? Você poderá utilizar esses recursos não só no blues, como também em diferentes gêneros musicais, pois são fundamentos essenciais da guitarra.

Então, se você quer descobrir como tocar blues na guitarra, continue a leitura!

As principais técnicas de guitarra blues

Principalmente conhecida pela emoção, a guitarra blues conta com técnicas consideradas simples, mas que precisam ser executadas com atitude e precisão.

Dessa forma, os movimentos têm o poder de abrilhantar solos, riffs e licks, tornando-se ferramentas importantes para expressar o sentimento do músico – característica primordial do blues.

Em seguida, confira as principais técnicas de guitarra blues!

1. Bend

Em primeiro lugar, o bend, que é uma das técnicas de guitarra protagonistas em solos de blues.

O recurso consiste em “empurrar” a corda para cima ou para baixo, buscando atingir uma nota mais aguda, podendo ser aplicado de várias formas diferentes.

Ou seja, existem diversos tipos de bend. Nesse contexto, os bends de microtons são uma das marcas registradas da guitarra no gênero, atingindo cerca de 1/4 de tom.

Apesar de demandarem um movimento curto para serem executados, esses bends são altamente expressivos quando bem praticados.


Outras variações da técnica empregadas no blues são o bend release e o reverse bend, além de bends misturados a vibratos.

2. Ligados (hammer on e pull off)

Os ligados estão presentes nos principais licks de blues, sendo executados com a mão esquerda (para os canhotos, a direita).

E-book de licks de guitarra blues do Cifra Club Academy

Dessa forma, o hammer on ocorre quando martelamos uma nota. Já o pull off, consiste no movimento contrário, retirando o dedo de uma nota apertada para que outra soe em seu lugar.


Além da articulação de frases musicais usando esses ligados, no blues é bastante presente um ornamento chamado trinado. Assim, basta alternar entre duas notas com hammer ons e pull offs rápidos e sucessivos.

Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaughan, por exemplo, usavam e abusavam de trinados por conta do efeito diferenciado do movimento.

3. Vibrato

Entre as técnicas de guitarra blues, o vibrato talvez seja a mais subestimada pelos músicos iniciantes. De forma equivocada, muita gente acha que basta só “balançar” a nota de qualquer jeito. Porém, a verdade é que o recurso vai muito além disso.

Acima de tudo, o movimento de vibração de uma nota precisa ser preciso e constante, preferencialmente executado no andamento da música. Ele é comumente combinado a outras técnicas, incluindo o bend.

Enfim, o vibrato é um dos maiores diferenciais dos grandes guitarristas de blues. Portanto, deve ser trabalhado com paciência e afinco.

4. Slide

O slide nada mais é do que deslizar o dedo de uma nota para outra, seja de forma ascendente ou descendente. Assim, a técnica cria uma sonoridade prolongada e fluida, bem característica de licks de blues.

Além disso, no blues é muito popular a utilização do bottleneck slide. Trata-se de um acessório de formato cilíndrico, normalmente de vidro ou metal, que o guitarrista coloca em um dos dedos da mão esquerda (no caso dos destros).

Dessa maneira, a passagem entre as notas é contínua, percorrendo diversos microtons. Além disso, não há a separação que normalmente ocorre de uma casa para outra, devido à distância fixa de semitons entre elas.

5. Single note

Single note significa uma nota tocada de cada vez. Ou seja, duas notas nunca soam ao mesmo tempo. Trata-se da maneira mais básica de execução na guitarra. Normalmente, as escalas musicais são tocadas dessa forma.

Nos variados estilos de blues, grande parte dos solos e riffs apresenta a abordagem single note. Dessa forma, é muito comum o repouso na tônica. Assim, a frase executada ganha um senso de finalização, sem soar estranha ou desconectada da harmonia.

6. Double stops

Por sua vez, os double stops consistem em duas notas tocadas ao mesmo tempo, normalmente nas cordas mais agudas. É um interessante recurso para ser misturado com a abordagem single note, fornecendo um som mais nervoso e destacado.

Nos solos de blues, os double stops podem ser feitos com diferentes intervalos, incluindo os mais dissonantes. Também podem ser mesclados a técnicas como bends, vibratos e slides.

Guitarristas do naipe de Eric Clapton, Jimi Hendrix e Gary Moore são referências nesta técnica.

7. Rake

O rake é um “truque” muito legal para tornar a execução ainda mais interessante. Assim, antes de tocar uma nota, o guitarrista palheta as outras cordas, que devem estar abafadas.

Esse tipo de ataque gera um som mais percussivo, deixando a palhetada mais poderosa e impactante.

É possível fazer o rake com palhetadas para baixo e para cima. Ao mesmo tempo, você pode atacar quantas cordas quiser. Apenas não se esqueça de abafar as cordas que não estão sendo apertadas, combinado?

Para isso, você pode usar as duas mãos: a direita, encostando levemente na saída das cordas na ponte (como um palm muting), ou a esquerda, utilizando os dedos sobressalentes para encostar de forma suave nas cordas, mutando o som.

O raciocínio é bem similar ao do abafamento de cordas antes de bends, conforme mostrado no vídeo abaixo:

8. Escala pentatônica

Embora não seja uma técnica propriamente dita, a pentatônica é a escala mais usada para solos e improvisos de blues.

Porém, ela normalmente conta com um toque especial, a blue note, tornando-se a famosa pentablues. Essa nota é a terça menor na pentatônica maior – ou a quinta diminuta na penta menor.

Nesse sentido, é possível usar tanto a pentablues maior quanto a menor em cima de um blues em tonalidade maior, por exemplo. A primeira fornecerá uma intenção mais alegre, enquanto a outra soará mais nervosa e intensa.

9. Shuffle feel

Falando agora da parte rítmica, o shuffle feel é uma das características básicas do blues. Em outras palavras, ele cria uma sensação bem marcada e dançante, que vem da colcheia tercinada.

Assim, para dar movimento aos acordes de blues, temos de seguir o shuffle feel, dando ênfase aos tempos fortes. Desse modo, cria-se uma característica única na sensação rítmica dos solos.

O mesmo raciocínio vale para riffs de blues na guitarra e bases com power chords, que também são muito presentes na sonoridade.

E aí, curtiu conhecer as principais técnicas de guitarra blues? Definitivamente, dominar esses movimentos é uma etapa fundamental do estudo das seis cordas. Além disso, eles podem ser aplicados em muitos outros contextos, a fim de demonstrar sensibilidade e expressão.

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Foto de Fernando Paul

Fernando Paul

Jornalista musical, com mais de 10 anos de experiência na área. Toca guitarra, violão e baixo, além de estudar mixagem de áudio. Já acompanhou cantores, tocou em casamentos e integrou bandas de rock e grupos de louvor. Escreve para o Cifra Club desde novembro de 2021.

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